sábado, 11 de agosto de 2012

A ditadura petista!

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Dois fatos ocorridos recentemente – uma Medida Provisória e um projeto de lei apresentado ao Congresso por um parlamentar da base do governo – dão bem a medida da gravidade da situação do país. Tanto um como o outro se referem a duas questões da maior importância para a vida econômica, social, ambiental e política dos brasileiros.

A Medida Provisória 558 simplesmente anula os artigos constitucionais que versam sobre a proteção ambiental, pois reduz as áreas de Unidades de Conservação (UCs) nas regiões Norte e Nordeste, com vistas a destravar grandes projetos de infra-estrutura, especialmente hidrelétricos, que invadam tais territórios.

Já o Projeto de Lei anula o direito de greve dos servidores públicos estaduais, uma vez que dá ao presidente a faculdade de determinar a servidores públicos federais que realizem as atividades dos funcionários em greve.

O que ambos significam, senão que não há mais garantia da predominância da lei sobre o arbítrio do governante?

A professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Lygia Osório de Souza, no seu livro “Lei de Terras e Latifúndio”, assinalou a incapacidade da burguesia brasileira de institucionalizar seu domínio, pois as leis aprovadas pela maioria que detém no Congresso são redigidas de modo a deixar sempre margem para a interpretação arbitrária do governante. O livro fornece ao leitor a explicação racional dessa necessidade que tem a burguesia de impedir a eficácia de leis que se apliquem indistintamente a todos os casos e a todas as pessoas. Tal necessidade chama-se: debilidade.

Muito forte internamente, a burguesia brasileira é, contudo, bastante frágil em relação aos países desenvolvidos. Não pode, por isso, permitir que seus governantes obedeçam sempre à lei, pois há casos em que isto implicaria um confronto que ela não teria condições de enfrentar.

Na verdade, tanto a MP como o Projeto de Lei dizem que, no Brasil, a aplicação de medidas de proteção do meio ambiente e o direito de greve são de competência exclusiva do presidente da República, sem que este esteja sujeito ao cumprimento de qualquer preceito legal.

Isto é o que precisa ser mudado, se quisermos viver em uma sociedade verdadeiramente democrática. Mas, bem sabemos, isto não acontecerá enquanto a massa popular não derrubar a burguesia do poder.
                                                                                                                        Fonte: Correio da Cidadania


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Dois fatos ocorridos recentemente – uma Medida Provisória e um projeto de lei apresentado ao Congresso por um parlamentar da base do governo – dão bem a medida da gravidade da situação do país. Tanto um como o outro se referem a duas questões da maior importância para a vida econômica, social, ambiental e política dos brasileiros.

A Medida Provisória 558 simplesmente anula os artigos constitucionais que versam sobre a proteção ambiental, pois reduz as áreas de Unidades de Conservação (UCs) nas regiões Norte e Nordeste, com vistas a destravar grandes projetos de infra-estrutura, especialmente hidrelétricos, que invadam tais territórios.

Já o Projeto de Lei anula o direito de greve dos servidores públicos estaduais, uma vez que dá ao presidente a faculdade de determinar a servidores públicos federais que realizem as atividades dos funcionários em greve.

O que ambos significam, senão que não há mais garantia da predominância da lei sobre o arbítrio do governante?

A professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Lygia Osório de Souza, no seu livro “Lei de Terras e Latifúndio”, assinalou a incapacidade da burguesia brasileira de institucionalizar seu domínio, pois as leis aprovadas pela maioria que detém no Congresso são redigidas de modo a deixar sempre margem para a interpretação arbitrária do governante. O livro fornece ao leitor a explicação racional dessa necessidade que tem a burguesia de impedir a eficácia de leis que se apliquem indistintamente a todos os casos e a todas as pessoas. Tal necessidade chama-se: debilidade.

Muito forte internamente, a burguesia brasileira é, contudo, bastante frágil em relação aos países desenvolvidos. Não pode, por isso, permitir que seus governantes obedeçam sempre à lei, pois há casos em que isto implicaria um confronto que ela não teria condições de enfrentar.

Na verdade, tanto a MP como o Projeto de Lei dizem que, no Brasil, a aplicação de medidas de proteção do meio ambiente e o direito de greve são de competência exclusiva do presidente da República, sem que este esteja sujeito ao cumprimento de qualquer preceito legal.

Isto é o que precisa ser mudado, se quisermos viver em uma sociedade verdadeiramente democrática. Mas, bem sabemos, isto não acontecerá enquanto a massa popular não derrubar a burguesia do poder.
                                                                                                                        Fonte: Correio da Cidadania


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Sobre o Autor: Josimar "ketchmacol" dos Santos Costa

Estudante do curso de Matemática Licenciatura, pela UFS. Ex-Conselheiro Tutelar da cidade de Moita Bonita. Atualmente atuando no funcionalismo público de Itabaiana. Corintiano doente. Fascinado por livros, cinema e jogos eletrônicos. Cidadão consciente e antenado com a realidade.

3 comentários:

  1. Cara, sinceramente você é uma pessoa que "viaja" muito nas idéias. Primeiramente você sabe o que é uma ditadura? Sou realista em dizer que o o Brasil é uma país aquém do seu real poder de desenvolvimento mas caro amigo se formos fazer uma balanço é nidido o desenvolvimento do país desde 2002 que foi o ano no qual o PT assuniu a presidência. Veja os números na era FHC e compare com os de hoje. Hoje temos muito mais oportunidades para os mais necessitados, houve um crescimento da classe média e diminuição da miséria. Temos hoje muito mais acesso as universidade públicas e privadas. A questão da corrupção é a seguinte: sempre houve corrupção, acontece que antes não era investigado como acontece hoje. Sei que o Brasil precisa melhorar mas não seja louco em votar para que o PSDB (um exemplo) volte a assumir o poder, porque se isso acontecer eles (políticos) tentaram privatizar empresas (gera desempregos), privatizar universidades, os ricos pagarão menos impostos. Compare e veja, mas não leia a revista VEJA porque a mesma além de perseguir o PT está meu caro amigo envolvida com o Cachoeira. É preciso melhorar mas não me venha só com críticas. Mostre-me solução e quais partidos têm a solução?

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    1. Quem viaja conhece e pode falar sobre muitas coisas que viu e aprendeu. Uma ditadura é um regime autoritário no qual a vontade popular é esmagada por um governo absolutista e geralmente truculento. Ela - a ditadura - pode se manifestar de várias formas, não sendo necessário um general piradão meter o pé na bunda do presidente e sentar na cadeira dele para ela se instaurar. Temos no Brasil uma ditadura mascarada, na qual os direitos dos trabalhadores estão sendo ignorados e os veículos de imprensa encobrem ou diminuem os movimentos populares. É inegável que o Brasil melhorou, mas isso foi superficial, como um bolo que incha e não tem nada por dentro.De que adianta encher as universidades de alunos se faltam professores, estrutura e os docentes saem do ensino básico sem dominar o conhecimento básico? Os necessitados estão mais necessitados. Temos um dos maiores índices de pobreza, desigualdade e corrupção do mundo. Não se conforme com pouco camarada, por que isso me levará a crer que está viajando é você. Outra coisa, sinto repulsa pelo PSDB, considero esse partido um reduto de burgueses, mas a triste realidade é que o PT se igualou - ou até mesmo superou - os tucanos. Veja a realidade de forma ampla e não engula o que o governo quer. Isso torna eles mais fortes e nós mais fracos. Abaixo a ditadura! Viva a democracia!!!!

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  2. Parabens pelo comentario Josimar, você esta certissimo.
    Caro anonimo informe-se um pouco mais sobre a realidade do seu pais.
    DE:MARIA

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